sexta-feira, 6 de julho de 2012

Avião a vapor fazia 644 km com 38 litros de água!

Silencioso, eficiente convertendo 90 % da energia térmica em potência, 160 km com apenas 0,40 centavos de dolar, reaproveitando 90% da água utilizada, esse era o avião a vapor que vejamos aqui nas palavras do autor deste incrível texto:

Besler, o único avião a vapor do mundo que conseguiu voar!

Nos céus do aeroporto de Oakland na Califórnia, apareceu um estranho avião deixando um fino rastro de vapor. Os espectadores podiam ouvir os gritos de comemoração do piloto, de tão silencioso que era o motor. Eles assistiram o aparelho passar velozmente, mergulhando em direção ao solo a 160 km/h, depois da recuperação, iniciou uma curva suave já em procedimento de pouso. Aquelas pessoas tinham acabado de testemunhar pela primeira vez na história uma aeronave voar propulsionada por um motor a vapor!








Dois irmãos George e William Besler, um ex geólogo de 30 anos e o outro, um engenheiro mecânico dois anos mais novo, tinham conseguido realizar o sonho acalentado por Maxim, Langley e outros pioneiros da aviação. Graças ao seu trabalho, o avião a vapor, muito discutido, esperado e longamente planejado, no dia 12 de abril de 1933.
Este avanço espetacular no campo aeronáutico foi o resultado de três anos de um experimento secreto. Os inventores começaram as suas pesquisas em 1930, numa oficina em Emeryville na Califórnia. Poucas semanas depois, eles compraram um mecanismo boiler/motor de 150 cavalos que se mostrou decisivo para o sucesso do ambicioso projeto.

O Travel Air 2000, pilotado por William Besler, correu célere na pista e alçou vôo, sem qualquer som significativo, exceto um pequeno sussurro do motor e o zumbido do vento movimentado pelas pás das hélices. Ao balançar as asas a 60 metros de altura (um sinal comum entre os aviadores), o piloto gritou “Ei!” e pode ouvir os gritos do público postado no solo. A conversa dentro do avião, segundo me relataram os dois inventores, era tão fácil quanto num automóvel conversível.
O avião deixou seu rastro de vapor em três vôos, decolando, pousando e fazendo curvas, numa média de 5 minutos cada vôo. No pouso, a vibração constante do vapor vai se esvaindo e o som do movimento “puxa-empurra” característico dos motores a vapor vai decaindo lentamente. A cada pouso, tão logo as rodas tocavam no solo, Besler puxava uma pequena alavanca no lado do cockpit, o que invertia o movimento do motor instantaneamente. Com este efeito, somente possível de se obter com um motor a vapor, o pouso podia ser feito em pistas extremamente curtas!

No método de frenagem de reversão da hélice, possivelmente só possível em máquinas a vapor, o freio é aplicado acima do centro de gravidade da aeronave, o que previne a brusca subida do nariz em paradas bruscas, como ocorre em aviões com propulsão convencional. Quando os freios das rodas são acionados repentinamente, a tendência dos aviões é dar cambalhotas e “crashar” inevitavelmente. Não no avião a vapor, que mesmo tocando no chão a 80 Km/h, consegue parar confortavelmente numa pista exígua de 60 metros.
Devido ao fato do avião a vapor ser tão silencioso quanto os pássaros em altitudes maiores de 300 metros, ele poderia ter desempenhado um grande papel em missões militares de reconhecimento. Aviões de guerra silenciosos eram então extremamente desejados. Porém, o melhoramento tecnológico sob a forma do desenvolvimento de silenciadores extremamente eficientes para os motores a gasolina, inviabilizou o plano inicial de utilização de motores a vapor.

O futuro a vapor que não aconteceu.
Um dos grandes sonhos para para os motores a vapor aeronáuticos, era a sua utilização em vôos estratosféricos. No ar rarefeito destas regiões, a 16 quilômetros acima da superfície, os especialistas concordavam que futuristas “navios voadores” iam voar a velocidades supersônicas. Neste ambiente sem nuvens e nem tempestades, os ventos constantes das altas camadas atmosféricas iram empurrar a grandes distantes as aeronaves, transportando passageiros, correios e cargas.
Fonte: http://www.blogpaedia.com.br/2008/10/besler-o-nico-avio-vapor-do-mundo-que.html

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